Reconhecimento Facial. Como funciona?

O futuro chegou. Está [email protected] para ele?

Um dos sentidos mais utilizados pelos seres humanos é a visão. A gente consegue reconhecer qualquer pessoa apenas “batendo o olho” em um rosto.

Algo bastante natural é dizer que conhecer alguém de vista, não é verdade?

Todavia, foi quase meio século para a indústria da tecnologia apresentar aparelhos aos consumidores, os quais pudessem entender de cara quem é você.

Uma das formas de identificação biométrica disponível no mercado é a capacidade de analisar detalhes do rosto de alguém para associá-lo a uma identidade, por meio de aspectos únicos do corpo de um indivíduo. Após esse diagnóstico, o sistema pode relacionar as informações obtidas à números de documentos e dados pessoais.

Cabe relembrar sobre as impressões digitais.

Usadas há mais de um século, quando a polícia britânica montou um departamento especializado para esse tipo de rastro, e Nova York inovou ao usar essa metodologia a fim de impedir fraude em provas para concorrer a cargo público, evitando que alguém se passasse por outra pessoa.

Enquanto isso, as características faciais só passaram a ser usadas a partir da década de 60, época em que o governo dos Estados Unidos recorreu a uma companhia para desenvolver e apresentar um sistema que analisasse, de maneira semiautomática, fotos para examinar traços, como boca, nariz, olhos e orelhas. Com base nessas informações, o programa calculava semelhanças entre as características faciais, para, assim, criar um modelo de referência a ser comparado de forma prática. Apesar de simples, a metodologia criou parâmetros empregado até hoje.

Mas… Novos ares têm soprado em direção ao seu desenvolvimento, ventilados com o avanço dos celulares que, hoje, são os smartphones. Com o upgrade desses aparelhos inteligentes, e equipados com câmeras, muita gente se acostumou a olhar à tela para ser fotografada ou filmada. O ‘boom’ das selfies também contribuiu ainda mais para o aprimoramento das plataformas tecnológicas. Hoje, muitas delas têm de olhar para o seu rosto e confirmar que pertence a você.

Num passado recente, a gente já pode notar que cresceu o número de smartphones que possuem as impressões digitais como alternativa para desbloquear o aparelho. Só que essa exclusividade não durou muito, e já podemos dizer que está com os dias contados.  O número de dispositivos que estão sendo lançados com o sensor facial embutido, cresce à passos largos. Sendo assim, passou a substituir os “leitores de dedos” em alguns celulares, caso de alguns aparelhos da Apple, como o iPhone X.  Por aqui, no Brasil, essa alternativa tem encontrado bastante adesão, tanto para quem vende produtos e serviços, quanto para quem os consome. Já é possível abrir contas em bancos, contratar crédito, e utilizar bilhetes de transporte personalizados, apenas usando o recurso das selfies para comprovar sua identidade. É, o futuro chegou!

Lembra daquela canção que aprendemos na escola: “cabeça, ombro, joelho e pé… joelho e pé”?

Pois bem, a criançada de hoje pode cantar assim: “Orelhas, olhos, boca e nariz… boca e nariz”.

Brincadeiras à parte, esses atributos são essenciais para podermos reconhecer alguém, não é verdade? As máquinas também levam isso em consideração, mas não é o suficiente. A partir da nossa face, basicamente, os sistemas de reconhecimento facial trabalham assim: o sistema capta a imagem do rosto e a submete a um algoritmo, que é preparado para identificar dezenas de pontos exclusivos. Com a apuração dos detalhes, que podem variar de acordo com a capacidade do sistema, como: distâncias simétricas e assimétricas (do nariz à boca; dos olhos à sobrancelha etc); cicatrizes e marcas na pele; delineamento da face ou formato do rosto.

Com base nessas formações, é possível gerar um arquivo que descreva a imagem, como se fosse um “número de RG facial”. Esse documento é guardado e utilizado para consultas no futuro, acompanhado de outras referências pessoais, como: nome, data de nascimento, nome dos pais etc.

Para que tudo isso funcione com eficiência e para que o rosto seja ligado à pessoa, bancos de dados armazenam milhões de registros de faces. Em nosso país, no sistema privado, temos bancos, operadoras de telefonia e varejistas como grandes proprietários de estoques de informações faciais. Já no público, são destaques o Serviço Federal de Processamento de Dados, o Serpro, e o Dataprev.

Com a composição de bancos de registros faciais, a função do sistema passa a ser outra: examinar toda nova imagem, checando se os dados extraídos dela correspondem aos que estão armazenados.

E aí, entram as companhias que trabalham em várias etapas desse processo. As que fornecem tecnologias de reconhecimento facial, outras que checam as suas bases de dados e confirmam se os rostos conferem, e as que fazem toda a operação.

Evidentemente, o grau de precisão da comparação pode variar conforme o ângulo em que o rosto foi fotografado, por isso, sistemas de reconhecimento facial estão preparados para superar essa limitação. Por exemplo, a simulação 3D, que gera moldes digitais do rosto.

Assim, é possível obter percepções de como a face aparece sob diferentes poses, com variação de iluminação, e até quando a musculatura facial está mais tensa ou relaxada.

Precisamos ressaltar aqui que algumas tecnologias que usam a imagem de rostos não podem ser classificadas como reconhecimento facial. Poucas delas possuem apenas a detecção facial, alternativa que faz a identificação de um rosto em uma dada imagem, apenas. Mas, engana-se quem pensa que fazer isso é um desafio simples. É necessário recorrer à algoritmos refinados que, na maioria das vezes, são aptos à estimar cor de cabelo, gênero, humor, idade, presença de óculos, e até a etnia da pessoa identificada.

Resumindo, apesar de existirem serviços diferentes, o reconhecimento facial começa com a detecção facial. Depois disso, o sistema passa a associá-lo, antes de executar o reconhecimento.

Cabe ressaltar que essas plataformas vão além de reconhecer faces com maior precisão. Também contribuem para evitar fraudes, como o uso de fotos, vídeos ou máscaras que repliquem o rosto de outra pessoa. Ações que tentam enganar o sistema. A partir do esquadrinhamento do rosto, outras ferramentas também estão em busca de provas biológicas para autenticar o rosto. Vão em busca de sinais como a dilatação da pupila, dinâmica e textura da pele e dos músculos, movimento dos olhos ou até a presença de reflexos inconsistentes com a de um ser humano.

Pois é, este foi mais um capítulo sobre o avanço da tecnologia. E você, já usa essa ferramenta? O que pensa sobre isso tudo? Compartilhe com a gente, deixando sua mensagem aqui.

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